Valin e Inova Vertentes firmam parceria para corredor de inovação

Na última quinta-feira (09), Valin e Inova Vertentes, dois dos principais ecossistema de inovação do interior de Minas, firmaram uma importante parceria para criarem, em conjunto, sua metodologia própria de especialização profissional territorial

Algo de extrema importância para o futuro do Corredor Mineiro de Inovação, primeiro sistema regional de inovação de Minas, iniciado na região ainda em 2020.

A parceria foi anunciada durante uma edição do fórum FIT, que ocorre desde o ano passado e reúne diversas entidades do poder público, academia, mercado e comunidade, das regiões do campo das vertentes, alto paraopeba e inconfidentes.

O que é o corredor mineiro de inovação

O corredor mineiro de inovação se parece com alguns modelos existentes, tanto no Brasil quanto no exterior, onde são criadas redes de interação entre diversos agentes – como empresas, universidades e governos – em uma área geográfica específica (cidade, estado, etc.), com o objetivo de impulsionar a competitividade local através da inovação.

No entanto, cada corredor de inovação precisa ter sua própria cara.

Como podemos observar em diversos estudos acadêmicos a respeito, o ambiente institucional desses ambientes é formado por atitudes, padrões e valores enraizados na cultura e identidade locais, sendo elas responsáveis por influenciar a intensidade e o modo como as interações acontecem.

A morte do hackathon

Esses elementos e seus impactos variam conforme a região e o contexto, o que torna inviável simplesmente replicar ou transferir um sistema desse para outro território. 

Isso traz implicações significativas para a formulação de políticas públicas, já que não existe um “modelo ideal” de política de inovação aplicável a todas as regiões — em outras palavras, não há uma solução única que sirva para todos os casos.

Uma mistura entre ciência e prática inovadora

Tradicionalmente, os modos de framework de inovação podem se apoiar em dois tipos de base: o modelo STI (Ciência, Tecnologia e Inovação) e o modelo DUI (Fazendo, Utilizando e Interagindo).

O primeiro, STI, está centrado na produção e disseminação de conhecimento científico e tecnológico codificado, característico de setores altamente intensivos em pesquisa, como biotecnologia, nanotecnologia e microeletrônica — todos fundamentados em um conhecimento de natureza analítica. 

O segundo, DUI, por sua vez, baseia-se na experiência prática, no know-how e em processos informais de aprendizado, sendo mais comum em indústrias tradicionais e consolidadas. Pesquisas empíricas indicam que a combinação entre os modelos STI e DUI exerce um efeito positivo sobre o desempenho inovador.

Com a metodologia própria que está sendo desenvolvida, o Valin e Inova Vertentes realizarão um amplo mapeamento das oportunidades existentes em cada cidade dos ecossistemas, considerando tanto o modelo STI quanto o DUI. A partir desse diagnóstico, será possível planejar e implementar ações, programas e legislações específicas, alinhadas às potencialidades locais e à maneira como essas inovações são culturalmente assimiladas pela população.

Integração de ecossistemas

Desenvolvidos de forma independente desde 2018, os ecossistemas Valin e Inova Vertentes vêm se destacando nos cenários regional e nacional, sendo constantemente convidados a liderar importantes projetos e eventos, como o Minas Summit.

Com essa parceria inédita, o objetivo é que, além de ampliar e aprofundar o mapeamento de oportunidades, os ecossistemas estabeleçam um novo parâmetro para a identificação e o fomento de negócios e pesquisas voltadas à inovação em todo o território mineiro.